Muito cedo em minha vida, ensaiei meus primeiros saltos. Sobre lençóis de tecido finíssimo, salpicava feito pequeno louco. Atavicamente, já sabia que meus pés não pertenciam ao solo. Depois, muito mais tarde, após cursos de dança árabe, capoeira e balé, vim a descobrir a origem de tal fascínio. Hoje, pouco ou nada importa a origem, visto que, resolvi investir na investigação e registro do salto alheio.
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à porta (uma postagem límbica)

3 comments:

Luiz Henrique Vieira said...

Antes de conhecê-lo, o que tinha dele, nos olhos, era uma imagem de colorido primário – monocromia iluminada por luz de fogueira. Algo me dizia que seu cabelo era cortado na altura dos ombros, um pouco mais curto, talvez. Da forma corpórea não sabia, senão, pela claridade que lhe recortava o vulto. Estatura média pouco robusta. Os dedos longos eram ainda mais expressivos que as palavras – belas palavras, sempre. Seu cheiro era o de um jovem que acaba de acordar – isso eu senti à distância, antes que ele me percebesse. Quando chegou, eu já o aguardava, como sempre ocorreu em meus encontros. Certa vez, alguém me disse dos meus poderes proféticos, não fiz caso. Hoje, anos depois, sei quem baterá à porta minha dentro de algumas horas. Ouço, inclusive, o telefone que, em seguida dará sinal de sua chamada. Eu atenderei.

OCSB said...

pintor, fotógrafo, pintógrafo e, se não bastasse, escritor. quem é bão é bão com força.

Anonymous said...

Luiz,
Que bela coleção de movimentos espetaculares!
Fiquei na dúvida sobre onde deixar meu comentário, pois há inúmeras imagens inspiradoras. Decidi entrar aqui, por ser uma postagem recente, claro, mas inclusive, pela força e mistério que percebi na imagem. Sempre me fascinaram as silhuetas, mas nunca tinha visto uma tão bem contextualizada.
Outro (?) assunto, o texto acima expressa a paixão, de forma inexorável e obstinada. Quisera eu, ter tal espontaneidade...
Com admiração,
Mônica de Luca