Muito cedo em minha vida, ensaiei meus primeiros saltos. Sobre lençóis de tecido finíssimo, salpicava feito pequeno louco. Atavicamente, já sabia que meus pés não pertenciam ao solo. Depois, muito mais tarde, após cursos de dança árabe, capoeira e balé, vim a descobrir a origem de tal fascínio. Hoje, pouco ou nada importa a origem, visto que, resolvi investir na investigação e registro do salto alheio.
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orientação

a
b

7 comments:

Anonymous said...

Luiz, continuo sendo o mesmo cara sem muito o que dizer sobre o seu trabalho que cresce, inclusive, a olhos leigos como os meus.
A cada foto postada, uma novidade (técnica?) vem enriquecer estas imagens que, gradativamente, parecem menos fotográficas e mais pintadas.
Parabéns pela perseverança!

OCSB said...

ronaldo bacana esse! não é qualquer um que se dispõe a falar a partir do ponto em que está, independentemente de qual seja este. um bando de gente empertigada fica arrogando para si a prerrogativa da crítica, fechando um establishment psiquiátrico, enquanto as coisas mais significativas aparecem quando ditas por pessoas apenas sensíveis e corajosas. a cada foto, uma novidade, um clima, uma invenção de possibilidade: um planeta.
tudo ali está em relação (coisa que luiz sempre tirou de letra): as letrinhas fabulosas a e b, invertendo qualquer coisa que antes era horizontal, o título que orienta e sugere, ele e ela, o ar de quem quer acertar entrevisto nos rostos, nas poses, semi-ensaidas, ou como naqueles ensaios que dão errado, somente ensaios, sem pretensão a maravilha, mas querendo-a, a orientação de tudo que nos é apresentado como sendo este trabalho do luiz, as posições simétricas ainda que espelhadas, o ar de coisa sendo feita que todos os marrons propõem em conjunto, a vibração inequívoca de uns rosas centrando. tá tudo dizendo aí sim!, eu quero, eu faço, e mais: eu gosto de fazer. então eu me lanço lançando minha proposta. arriscado isso, mas não tem outro jeito. sou eu quem estabelece minha afirmação, ainda que isso só possa ser visto em retrospectiva. no durante, somente o risco. é para isso que serve olhar para trás, para o trabalho concluído, para uma trajetória desenhada sem mapas originais de orientação, e para mais nada. queria ver o conjunto das 4 fotos desse ensaio projetado em quatro paredes gigantescas de uma mesma sala, sem margens, tocan-se com perfeição na arestas do cômodo, únicas luzes emanando desse ambiente, nos dizendo que realidade é invenção.

OCSB said...

o trabalho de luiz é o trabalho de uma vida.

Anonymous said...

Oi Luiz,
Você conseguiu criar uma atmosfera muito interessante nesta foto.
Bacana!

Anonymous said...

Amei!!!

Unknown said...

Muito doido!

Anonymous said...