Muito cedo em minha vida, ensaiei meus primeiros saltos. Sobre lençóis de tecido finíssimo, salpicava feito pequeno louco. Atavicamente, já sabia que meus pés não pertenciam ao solo. Depois, muito mais tarde, após cursos de dança árabe, capoeira e balé, vim a descobrir a origem de tal fascínio. Hoje, pouco ou nada importa a origem, visto que, resolvi investir na investigação e registro do salto alheio.
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2 comments:
Quem será este ser espacial que, vestido de noite, enfrenta sua própria sombra? Um Dom Quixote contemporâneo? Lunático, perplexo, orientado por conhecimentos da ordem do instinto, ele vaga dentro e fora dos limites de seu corpo.
Bacana, Luiz!
tem umas coisas que chegam como um choque éclatant. ninguém está esperando por elas. aí a gente fica todo desorganizado, e passa um tempo até recolocar (pelo menos) um pouco delas em seus lugares (aquelas que ainda não foram para o saco, naqueles que também ainda não). vivo entre coisas e seus lugares, fingindo haver alguma correspondência predestinada entre eles. bobagem. descobri que posso comentar assim mesmo, ainda que sem tocar nas coisas ou em seus lugares, mas nos deslocamentos que provocam em mim. cada deslocamento faz um buraco. ando emagrecendo a olhos vistos. antes de sumir vou rever isso tudo.
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